Putinha Terrorista #5
2018
14x10cm
Curadoria Comadre
 
Divisão de recursos
35% ONG
35% Artista
30% Comadre
 
De acordo com o artigo 38, caput da lei federal 9610/1998, bem como com o artigo 14 da Convenção de Berna, promulgada no Brasil através do decreto 75699/1975, deverá o proprietário dessa obra artística, ao realizar sua comercialização, repassar ao artista ou a seus sucessores, a título de direito de sequência, o valor referente a, 50% (cinquenta) sobre o lucro que vier a auferir com essa nova transação comercial (revenda) até o prazo de 30 dias. Caso o autor não receba seu direito de sequência no prazo estipulado, o vendedor é considerado depositário da quantia a ele devida, salvo se a operação for realizada por leiloeiro, quando será esse o depositário (conforme determina o parágrafo único do artigo 38 da lei federal 9610/1998).
 
Lyz Parayzo (Rio de Janeiro, 1994) é artista e pesquisadora radicada em Paris, França. Sua prática autobiográfica reinterpreta a tradição modernista da arte brasileira por meio das lentes do gênero, da identidade e da política. Trabalhando principalmente com esculturas em metal — um material que evoca tanto a violência quanto a resistência e que carrega consigo o peso simbólico da exploração industrial —, sua produção transita entre escultura, performance, instalação e vídeo. Em sua obra, Parayzo propõe a criação de "objetos mágicos", ativadores de novos rituais de cura, desejo, poder e enfrentamento das violências de gênero.
 
Formada pela École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris (DNSAP, 2022), atualmente cursa o programa ArTeC+ (2024/2025) na Universidade Paris 8, em preparação para um projeto de doutorado voltado à pesquisa e criação.
Anteriormente, estudou teatro na UNIRIO (2016) e práticas artísticas contemporâneas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro (2013–2016).
 
Seu trabalho tem sido exibido em instituições e exposições de grande relevância, como a 17ª Bienal de Lyon (2024); a 60ª Bienal de Veneza (2024), onde colaborou com Guerreiro do Divino Amor no Pavilhão Suíço; a exposição Histórias da Diversidade LGBTQIA+ no MASP (2024); Tempête Magique, instalação pública para a 100% L'EXPO na Grande Halle de La Villette, Paris (2024); e Dissident Practices no John Jay College, Nova York (2023). Também participou das exposições Histórias Feministas (MASP, 2019), Histórias da Sexualidade (MASP, 2017), Entre Esculturas e Objetos – Capítulo II (MAC Niterói, 2024), Mulheres no Acervo (MAR, 2018), e foi finalista do Prêmio EDP das Artes no Instituto Tomie Ohtake (2018).
 
Sua pesquisa crítica investiga os projetos construtivistas da arte brasileira à luz das teorias queer e transfeministas, reimaginando o modernismo a partir de uma perspectiva insurgente. Sua dissertação de mestrado, Thérapie Narrative: Lettres à Lygia Clark, publicada de forma independente em 2022, apresenta um ensaio epistolar que relaciona arte e terapia a partir de um diálogo ficcional com a artista Lygia Clark — referência marcante em sua trajetória, sobretudo no que diz respeito à desmaterialização da obra e às práticas participativas.
 
Parayzo contribuiu com publicações como Bienal desde 1951 (Fundação Bienal de São Paulo, 2022), Hakeando o poder: táticas de guerrilha para artistas do Sul Global (Cobogó, 2023), além de seu próprio livro Thérapie Narrative. Em 2024, foi convidada a apresentar sua pesquisa no Colloque Art et Engagement no Museu do Louvre, em Paris, organizado pela Thanks for Nothing.
 
Suas obras integram importantes coleções públicas e privadas, como a Pinacoteca de São Paulo, MASP, MAR, MAC Niterói, Casa da Cultura da América Latina (Brasília), CCA São Paulo e Arquipélago Centro de Artes Contemporâneas (Portugal). Foi indicada ao Prêmio PIPA (2017, 2020, 2021), finalista do Prêmio EDP (2018), vencedora do Prix Jeudi des Beaux-Arts (Paris, 2023) e nomeada para o programa da CIFO Foundation.